Nome oficial | República de Moçambique |
Área | 799 380 Km2 |
População | 25,8 milhões |
Língua oficial | Português, mas são falados diversos dialectos africanos (Makua-Lomwe, Tsonga e Sena-Nyanja) |
Capital | Maputo |
Divisão administrativa | Em termos administrativos, Moçambique está dividido em 11 Províncias e estas em 150 Distritos, que por sua vez se dividem em 405 Postos Administrativos e estes em Localidades, o nível mais baixo de representação do Estado Central. As Províncias moçambicanas são (por ordem geográfica, de Norte a Sul): Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo e Cidade de Maputo . |
Localização | Moçambique é o 34º maior país do mundo em área territorial, sendo comparável em tamanho à Turquia. Moçambique está localizado na costa sudeste da África. |
Clima | O clima do país é húmido e tropical, influenciado pelo regime de monções do Índico e pela corrente quente do canal de Moçambique, com estações secas de Maio a Setembro. As temperaturas médias em Maputo variam entre os 13-24 °C em Julho a 22-31 °C em Fevereiro. A estação das chuvas ocorre entre Outubro e Abril. |
Fuso horário | Horário da África Central: |
Países fronteiriços | Faz fronteira com a Suazilândia a Sul; com a África do Sul a Sudoeste; com o Zimbabwe a Oeste; com Zâmbia e Malawi a Noroeste; com a Tanzânia a Norte e com o Oceano Índico a Leste. |
Geografia | A norte do rio Zambeze o território é dominado por um grande planalto, com uma pequena planície costeira bordejada de recifes de coral e, no interior, limitado por maciços montanhosos pertencentes ao sistema do Grande Vale do Rift. A sul é caracterizado por uma larga planície costeira de aluvião, coberta por savanas e cortada pelos vales de vários rios, entre os quais se destaca o rio Limpopo. |
Recursos minerais | Carvão, gás natural, ouro, titânio, minerais não metálicos, entre outros. |
Cidades mais importantes | Maputo: 2 milhões |
Demografia | 25,8 milhões de habitantes |
Religião | Cerca de 50% da população professa religiões tradicionais africanas. As outras religiões representadas são principalmente a cristã (sobretudo a católica) e a muçulmana. |
PIB | Total: 15 mil milhões € |
Moeda | Metical (MZN) |
Números de telefone de emergência | Bombeiros: 198 |
Constituição | Constituição da República de Moçambique |
O sistema político | República Presidencialista |
Presidente | Filipe Nyusi |
Primeiro Ministro | Adriano Afonso Maleiane |
Legislativo | Assembleia da República com 250 lugares |
Executivo | Presidente, Primeiro-Ministro e Conselho de Ministros
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O Poder Judiciário | Tribunal Supremo, Tribunal Provincial, Tribunal Judicial de Cidade |
Política Externa | Participação em organizações internacionais: |
Transporte rodoviário:
Moçambique possui uma das Infra-estruturas de Transportes menos desenvolvidas da região da África Austral; a densidade de estradas estima-se em 0.05 quilómetros por quilómetro quadrado. A rede viária classificada, com cerca de 30.000 km, dos quais menos de 20% são alcatroados (5.649 km), está em condições boas e equitativas em cerca de 67% do seu comprimento total, porém, oferece actualmente acesso a 32% da população, avaliada como aqueles que vivem a uma distância de dois quilómetros de qualquer estrada. O Sector Rodoviário é, de facto, considerado como a espinha dorsal dos transportes em Moçambique, em termos da concretização física da unificação alargada do país e do processo de consolidação sobre uma área superior a 800.000 quilómetros quadrados, em termos de desenvolvimento sócio-económico, em termos de desenvolvimento da atracção económica para as rotas de trânsito do país e, recentemente, para o desenvolvimento do turismo.
Mapa rodoviário detalhado de Moçambique
Distâncias entre as cidades:
Maputo – Nampula (2000 km)
Maputo – Inhambane (470 km)
Maputo – Manica (1200 km)
Transporte ferroviário
A rede ferroviária ascende a um total de 3.123 km com ligações extensas actualmente a serem reabilitadas.
Transporte aéreo
O país tem 22 aeroportos, havendo 4 deles com pistas de aterragem com mais de 2,438 km.
Moçambique é encarado como um caso de sucesso entre as economias africanas e tem assumido um papel cada vez mais determinante no contexto da África Austral, tendo em conta, sobretudo, o seu potencial como fornecedor de energia para a região. Beneficiando de uma localização estratégica, o país é considerado uma plataforma de entrada no mercado da SADC (Southern African Development Community), que agrega mais de 280 milhões de consumidores.
Dotado de abundantes recursos naturais, entre os quais se destacam o potencial hidroelétrico, reservas de gás natural, carvão e minerais (titânio, tântalo e grafite, entre outros), Moçambique possui aproximadamente 2 500 Km de costa com numerosos recursos pesqueiros, que constituíam a principal fonte de exportação até ao desenvolvimento da indústria do alumínio.
A distribuição sectorial da economia moçambicana é relativamente diversificada. O sector dos serviços tem um peso preponderante, contribuindo com 47,1 % para o Produto Interno Bruto (PIB) em 201 4, muito embora seja responsável por apenas 13% do emprego. Seguiu-se a agricultura com 28,9%, mas com um peso de 81% no emprego e a indústria com um contributo de 24% para o PIB, mas que emprega somente 6% da força laboral; no entanto, e atendendo aos vastos recursos minerais disponíveis, particularmente em termos de carvão e gás natural (colocando Moçambique, potencialmente, no ranking dos maiores fornecedores mundiais) e aos projetos de investimento já em curso ou em carteira, é expectável um peso muito mais significativo deste sector na estrutura económica do país (em 2014, o sector industrial registou um crescimento de 9%).
Nos últimos anos, a economia moçambicana tem revelado uma robustez digna de realce, com a manutenção de elevados índices de crescimento económico (taxa média anual superior a 7% na última década), o que coloca o país no bom caminho para atingir padrões de vida mais elevados (de uma forma geral, os indicadores de desenvolvimento melhoraram nos últimos anos, com a taxa de pobreza a cair de 69%, em 1997, para 52% em 2009). Em 2008, e apesar dos efeitos da evolução em alta dos preços internacionais do petróleo e dos produtos alimentares, bem como do impacto da crise internacional, o crescimento do PIB atingiu 6,8%. As repercussões da crise económica global conduziram a um abrandamento económico em 2009, tendo-se verificado uma taxa de crescimento de 6,3%. Entre 2010 e 201 4 o PIB cresceu a uma média anual de 7,1%, apoiado pela dinâmica de vários megaprojetos (alumínio, energia elétrica, gás natural, titânio e carvão), pelo crescimento do sector agrícola (beneficiando de condições climatéricas favoráveis e do ênfase que tem sido dado ao investimento e à reorganização do sector) e pela construção de infraestruturas básicas.
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O turismo em Moçambique está a assumir gradualmente o seu potencial na economia nacional, fruto do crescimento dos investimentos ao longo dos últimos anos. O país tem vindo a apostar num turismo sobretudo voltado para a biodiversidade e projetos de conservação da natureza e para o desenvolvimento económico sustentável. O Governo moçambicano atribui uma importância crescente a esta atividade, dado tratar-se de um sector relevante para o desenvolvimento económico do país em virtude da sua capacidade de criar emprego, promover a construção de infraestruturas, impulsionar o desenvolvimento das economias locais e gerar divisas. De salientar que a contribuição do turismo para o Produto Interno Bruto não ultrapassa 2,1 % (dados de 2011). A localização geográfica e a beleza natural do país colocam-no numa situação privilegiada e competitiva no mercado turístico africano. No entanto, o pleno desenvolvimento deste sector enfrenta alguns entraves, designadamente a deficiência ao nível de infraestruturas de transportes, sanitárias e abastecimento de água, para além dos elevados preços das viagens, tornando o destino Moçambique pouco acessível aos mercados da Europa e do Ocidente.
Em termos de hotelaria, Moçambique tem vindo a conhecer um crescimento considerável, particularmente no que diz respeito aos hotéis de luxo e de primeira classe. Segundo dados da World Tourism Organization (UNWTO), estão identificados 1 435 hotéis e estabelecimentos similares. Como se constata pelos últimos dados disponibilizados pela World Tourism Organization, em 201 3 Moçambique recebeu cerca de 2 milhões de visitantes, o que correspondeu a um decréscimo de 10,7% relativamente a 2012.
Relativamente às receitas geradas pela atividade turística, dados referentes a 2013 indicam um montante de 241 milhões de USD, o que traduziu numa diminuição de 3,6% face ao ano anterior. Cerca de 72% dos turistas entrados em Moçambique são oriundos do continente africano, destacandose a África do Sul (44,3% do total em 2013) e o Malawi (12%) como principais países emissores. A Europa representa 20% dos turistas, sendo Portugal e o Reino Unido os principais países emissores (3,9% e 2,6% do total em 2013, respetivamente).
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